Dia Internacional da Mulher: Peritas Oficiais Criminais do Tocantins revelam equilíbrio entre leveza e firmeza diante dos desafios do dia a dia na profissão

08/03/2023 30/03/2023 18:03 397 visualizações

Da Ascom

O Dia internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março, foi criado para enaltecer a atuação feminina e reafirmar lutas e direitos. Além disso, a data também coloca em evidência a inegociável importância da presença feminina na composição da sociedade. Do ato mais fundamental, que é a capacidade de gerar um ser humano dentro de si, à escolha de superar grandes desafios profissionais como fazer parte da Polícia Científica do Tocantins.

Com um efetivo de 81 policiais mulheres, entre ativos e inativos, a Perícia Oficial Criminal do Tocantins conta com mulheres ocupando cargos importantes do organograma da Polícia judiciária estadual, que além das Peritas Oficiais, tem outros cargos da Polícia Civil ocupados por mulheres, sendo eles o de delegada, agente de polícia, escrivã de polícia, agente de necrotomia e papiloscopista. 

A rotina exaustiva como profissional da segurança pública, mesmo que exercida com amor, as dificuldades por ser mulher e os deveres familiares são fatores claramente abordados pelas mulheres policiais. Mas, elas também dão dicas de como equilibrar todos os lados e não deixar que isso afete o atendimento à população. 

Lutas, superação e sensibilidade

Perita Criminal Dunya W. Spricigo

No caso da Perita Criminal Dunya W. Spricigo, vice-presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Tocantins (Sindiperito) e Diretoria Jurídica da Associação Brasileira de Criminalística (ABC), o ofício de Perita torna as mulheres experts diferenciadas. ‘Ser mulher perita oficial criminal nos torna experts diferenciadas. Somos mais sensíveis a pequenos vestígios, mais detalhistas e além da técnica científica, trabalhamos com humanidade em nossos locais de crime. Porém, sofremos mais ao atendermos locais com vítimas na idade dos nossos filhos, ou que envolvam pais e mães’, diz a Perita.

Dunya relara que ‘ao mesmo tempo que somos as autoridades máximas na busca da verdade material nos locais de crimes, ao chegarmos em casa despimos de nossa armadura e somos as mães amorosas, donas de casa, esposas, filhas e o trabalho doméstico continua’, afirma a Policial.

A Diretora do Instituto de Criminalística do Tocantins, Milene Mendonça de Souza Magalhães, sustenta que a palavra-chave para vencer os desafios da profissão é equilíbrio. ‘A peça chave é o equilíbrio, é ele que nos ajuda a manter a confiança que podemos ter nas pessoas que estão ao nosso lado, claro, sem deixar a parte religiosa de lado, porque Deus é nosso maior amparo, nossa maior proteção, além da família. Esse é o tripé, família, amigos e a religião, isso nos ajuda muito na profissão que é muito desgastante física e emocionalmente’, afirma a Diretora do IC-TO.  

Diretora do Instituto de Criminalística do Tocantins, Milene Mendonça de Souza Magalhães

Família e profissão

A Perita Oficial Pollyanna Alves de Souza conta que o maior desafio foi conciliar a maternidade com a profissão. ‘Eu comecei a atuar logo depois da academia já grávida de 4 meses, depois o filho pequeno com uma profissão que mexe muito com o emocional da gente, foi muito difícil. Isso mexe muito com o psicológico, principalmente como mãe. Então esse foi meu maior desafio, conciliar a nova profissão com a maternidade, as vezes sem saber o que esperar, pois quando somos acionados nos deparamos com situações que não são fáceis de serem encaradas’, afirma.

Perita Oficial Pollyanna Alves de Souza

Ela conta que apesar dos desafios, ‘com muito trabalho consegui lidar com tudo isso, e em meus últimos dias de atuação (antes da aposentadoria), também encarei outro desafio que foi um cargo de chefia, não foi fácil comandar, supervisionar, mas sempre me dediquei ao máximo e o que eu tinha de melhor, eu ofereci a minha profissão’, conta a Perita.

Lição de vida

Como lição de vida Pollyanna Alves de Souza afirma que a profissão a tornou uma pessoa mais reflexiva com relação à vida. ‘Aprendi que a nossa vida é pequena, que podemos perdê-la em um piscar de olhos, isso me levou a valorizá-la muito. Também aprendi a lidar com as pessoas, com o ser humano, porque a gente trabalha em um local com pessoas de diversas características onde cada colega tem um jeito e neste tempo eu tentei respeitar cada um. Então a lição que ficou é que foi um desafio, mas com dedicação e fé em Deus, eu consegui’, finalizou a Perita.