Da Ascom
O Laboratório de Biologia e Genética Forense da Polícia Científica do Tocantins alcançou um feito inédito ao ser reconhecido como o melhor do Brasil na análise de perfis genéticos. O reconhecimento foi concedido durante a Conferência da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), após o estado atingir o maior índice de inserção de perfis genéticos criminais no Banco Nacional em valores relativos, superando Pernambuco, que ficou em segundo lugar, e Goiás, em terceiro.
O chefe do Laboratório de Genética Forense, Perito Oficial Criminal Dr. Marciley Alves, destacou a importância da conquista. “A premiação acontece todos os anos, durante a Conferência. Os três primeiros laboratórios que se destacam pelo maior número de inserção de perfis criminais em valores absolutos e relativos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) são reconhecidos. Fomos premiados por termos alcançado o primeiro lugar em perfis criminais inseridos no BNPG em termos relativos, no período de outubro de 2024 a outubro de 2025”, explicou.
A Perita Oficial Mabel Proence, administradora do sistema CODIS no Tocantins, também comemorou o resultado. “Ficamos muito felizes de sermos homenageados pelos nossos resultados. Foi um ano de muito trabalho em equipe, que ao final foi reconhecido. Quem ganha é a sociedade, pois aumentam os índices de resolução de crimes, muitas vezes bárbaros”, afirmou a Perita.
DNA
A análise de DNA tem sido fundamental para desvendar crimes complexos, como homicídios, estupros e roubos. A genética forense também auxilia na identificação de corpos, na elucidação de casos de paternidade e na resolução de crimes antigos.
A RIBPG integra laboratórios de DNA de todos os estados e da Polícia Federal. Quando um vestígio biológico — como secreções coletadas em casos de violência sexual — é inserido no banco, o sistema pode identificar coincidências com perfis já cadastrados, seja de criminosos reincidentes ou de indivíduos que tiveram o DNA coletado por determinação legal. Esse “match” agiliza a investigação e fortalece a responsabilização de autores de crimes.
O Banco Nacional de Perfis Genéticos reúne informações de vítimas de violência sexual, vestígios de cenas de crime e perfis de condenados pelos crimes previstos na Lei nº 12.654/2012, que determina a coleta obrigatória de DNA de indivíduos condenados por crimes praticados com violência grave ou por crimes hediondos.
Com o reconhecimento, o Tocantins se destaca no cenário nacional como referência em genética forense, reforçando a importância da tecnologia e da ciência na promoção da justiça e na segurança pública.





