Perita Oficial Odontolegista Georgiana Ferreira Ramos participa do XXIII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira

27/11/2025 27/11/2025 19:13 131 visualizações

Da Ascom

A Perita Oficial Odontolegista Georgiana Ferreira Ramos participou do XXIII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), realizado em 27 de novembro de 2025, na Universidade de Brasília (UnB). Pesquisadora do Programa de Doutorado em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ela apresentou o trabalho “Do local ao laboratório: impactos da ausência de protocolos arqueológicos sobre a identificação humana em contextos criminais”, desenvolvido sob orientação da Profa. Dra. Claudia Inês Parellada (UFPR).

A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins destacou a participação da perita no evento, reforçando a importância do estudo para o aprimoramento das técnicas aplicadas em locais de encontro de remanescentes humanos.

O trabalho analisou como a falta de métodos arqueológicos padronizados compromete a recuperação de evidências essenciais — como dentes, fragmentos ósseos e microvestígios — fundamentais para a identificação humana post-mortem pelas equipes de Antropologia e Odontologia Forense.

Segundo Georgiana, a ausência de protocolos específicos resulta em perdas irreversíveis. “Quando dentes e fragmentos não são recuperados no local, a identificação pela odontologia ou antropologia forense pode ser inviabilizada. Muitas vezes essas informações estão ali, mas acabam se perdendo por falta de procedimentos arqueológicos sistemáticos”, afirmou.

A orientadora e coautora Claudia Parellada reforçou que a integração entre Arqueologia e Perícia Forense é indispensável para investigações completas, garantindo precisão, contexto e respeito no tratamento dos remanescentes humanos.

Levantamentos citados no estudo apontam que o uso de metodologias arqueológicas — como escavações em quadras orientadas, peneiramento de sedimentos e documentação estratigráfica — pode aumentar em até 30% a recuperação de microvestígios.

O presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Tocantins, Perito Oficial Silvio Jaca, destacou a relevância do trabalho e a necessidade de fortalecimento da área no estado.

“Esse trabalho da arqueologia forense é essencial, especialmente na nossa região. No Norte, em áreas de cerrado, temos muitas ocorrências em locais abertos. Essas técnicas são inovadoras, embora já consolidadas em estudos, mas ainda precisam ser implementadas aqui. A participação da doutora Georgiana nesses congressos e em seu doutorado trará grandes avanços para a Perícia do Tocantins, sobretudo nas áreas de odontologia e arqueologia forense”, afirmou.

O superintendente da Polícia Científica, Wanderson Santana Rocha, também ressaltou que a “participação da pesquisadora no congresso reforça o compromisso institucional com a produção científica voltada às investigações criminais, especialmente no tratamento técnico de remanescentes esqueletizados”.